Em um país marcado por rotinas aceleradas, excesso de notificações e padrões de beleza mutáveis, algo está mudando. O brasileiro começa a olhar com mais atenção para o corpo, escutar sua mente e buscar o silêncio que antes parecia impossível. Segundo o recorte nacional do estudo Backlash Edges, conduzido pela unidade de inteligência da TBWA, há um movimento crescente de pessoas que estão ressignificando a forma como vivem — e, principalmente, como consomem.
O levantamento, que ouviu mais de 500 pessoas no país, revela cinco grandes mudanças de comportamento que ajudam a entender esse novo momento.
Prazer em cuidar de si: a saúde como estilo de vida
A busca por uma vida mais saudável deixou de ser motivada pela culpa ou pela obrigação. Agora, ela é incorporada à rotina como um prazer — um verdadeiro ritual.
O que o estudo chama de “saúde hedonista” mostra como academias, alimentação equilibrada, meditação e cuidados com o corpo são, hoje, sinônimo de autoestima, identidade e prazer pessoal. Não se trata mais de seguir uma cartilha rígida, mas de encontrar prazer nas escolhas saudáveis e de fazer disso um estilo de vida desejável.
A mente também precisa de colo
Outro ponto de virada observado pela pesquisa está na maneira como os brasileiros estão lidando com suas emoções. Estigmas que antes silenciavam o sofrimento mental começam a cair, e cresce a aceitação sobre a importância de cuidar da saúde emocional.
Terapia, meditação, práticas como ioga e até mesmo o simples hábito de desacelerar ganham espaço. O estudo destaca essa virada como um movimento de “mente em manutenção”, em que o bem-estar psicológico finalmente é tratado com a mesma relevância que o físico.
Tecnologia a serviço da longevidade
Longe de um cenário em que tecnologia só representa distração, há uma nova abordagem surgindo: o uso de inovações para otimizar a saúde. O estudo nomeia esse fenômeno como “anatomia otimizada”.
O brasileiro começa a aceitar — e até buscar — soluções tecnológicas que promovam mais qualidade de vida, longevidade e bem-estar. Monitoramento de sono, aplicativos de saúde, exames avançados e até procedimentos estéticos personalizados ganham espaço como ferramentas de empoderamento pessoal.
O corpo virou pauta pública
Se antes a relação com o próprio corpo era restrita à intimidade, hoje ela se transformou em um tema coletivo. De acordo com o levantamento, tópicos como procedimentos estéticos, uso de medicamentos, modulação hormonal, padrões de beleza e autocuidado estão cada vez mais presentes no debate social.
O estudo chama essa mudança de “corpos em debate”, sinalizando como essa conversa, que envolve regulamentações, prescrição médica e consumo consciente, deve ganhar ainda mais força nos próximos anos.
Desconectar para viver de verdade
Talvez a tendência mais simbólica da nova era seja a valorização da vida offline. Após anos imersos em telas, reuniões virtuais e redes sociais, muitos brasileiros estão buscando o que o relatório chama de “reset pessoal”. O desejo de se desligar — nem que seja por algumas horas — cresce como resposta direta ao cansaço da hiperconexão. Momentos de ócio, pausas conscientes, caminhadas sem celular e atividades simples que resgatam o presente estão se tornando preciosos.
Raquel Messial, vice-presidente de estratégia da Lew’Lara\TBWA, afirma que a pesquisa é um retrato claro do momento atual: “Os brasileiros querem potencializar o corpo, cuidar da mente e desconectar”, diz ela. E completa: “Isso é um reflexo direto dos excessos da era hiperconectada.”
Social Midia e crítica de cultura pop, Renata domina o mundo das fofocas e novelas como ninguém. Com uma trajetória em grandes portais de entretenimento, ela traz uma visão divertida e crítica sobre os bastidores do universo das celebridades e das tramas de novelas. Renata é conhecida pelo seu tom bem-humorado e envolvente, que leva os leitores a se sentirem parte dos acontecimentos, discutindo os detalhes de suas novelas favoritas e compartilhando curiosidades imperdíveis das estrelas.
