Desde os primeiros dias de vida, o olfato do bebê começa a reconhecer cheiros que serão parte de sua memória afetiva. Entre fraldas limpas, banhos mornos e colos carinhosos, existe um detalhe que muitas mães sonham em incluir na rotina: o perfume para bebê. Mas será que é seguro usar fragrância nos recém-nascidos? E como escolher o aroma certo para a pele delicada dos pequenos?
A escolha do primeiro perfume do bebê deve ser guiada por duas palavras-chave: segurança e delicadeza. Segundo a dermatopediatra Márcia Pontes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Pediátrica, “o ideal é evitar qualquer produto perfumado nos primeiros 30 dias de vida, período em que a pele ainda está em maturação e muito mais propensa a irritações”. A recomendação é válida especialmente para os recém-nascidos, cujos sistemas imunológicos e barreiras cutâneas ainda estão em desenvolvimento.
Contudo, a partir do segundo mês de vida, já é possível incluir perfumes específicos para bebês na rotina de cuidados, desde que o produto seja formulado com ingredientes suaves, sem álcool e com pH balanceado. A leitura do rótulo é fundamental: busque pelas expressões “hipoalergênico”, “testado dermatologicamente” e “indicado para bebês”. O perfume ideal deve ser quase imperceptível, com notas leves e calmantes, como camomila, lavanda, flor de laranjeira e algodão.
Maternidade consciente: a importância de respeitar os sentidos do bebê
Na maternidade moderna, o afeto não se expressa apenas em palavras ou gestos, mas também nos detalhes sensoriais que constroem vínculos. Escolher um perfume para bebê pode ser um gesto simbólico e amoroso, desde que feito com responsabilidade. “É preciso lembrar que o bebê sente tudo intensamente, inclusive os aromas. Um cheiro forte pode incomodar, interferir no sono e até causar reações na pele”, alerta a farmacêutica especialista em dermocosméticos Camila Barreto.

Por isso, nada de aplicar o perfume diretamente na pele. A sugestão é borrifar uma pequena quantidade no interior da roupinha ou em uma fraldinha de pano, mantendo o aroma presente de forma sutil e segura. Outra alternativa carinhosa é aplicar o perfume na própria mãe ou cuidador, permitindo que o bebê associe o cheiro ao acolhimento.
O aroma que vira memória: criando vínculos com suavidade
A infância é marcada por lembranças sensoriais. Aquele cheirinho que sentimos ao abrir uma gaveta com roupas antigas, ou o aroma que remete ao colo da mãe, são memórias que ficam para sempre. Por isso, o perfume para bebê, quando usado com bom senso, pode criar esse laço invisível entre o cuidado e a lembrança.
Perfumes com notas atalcadas, florais delicados ou inspirados em essência de banho são os mais escolhidos pelas famílias. Eles evocam uma sensação de limpeza, ternura e proteção. Mas é importante lembrar que cada bebê é único. Teste o produto aos poucos, observando a reação da pele e do humor do pequeno.
Além disso, o uso do perfume não precisa ser diário. Pode ser reservado para momentos especiais, como visitas, passeios ao ar livre ou aquele ensaio fotográfico para guardar as primeiras lembranças.
Perfume e rotina de cuidados: o toque final que completa o carinho
Integrar o perfume para bebê à rotina de cuidados é como adicionar um ponto de afeto extra à hora do banho, da troca ou do soninho. Não é sobre vaidade, mas sobre construir uma atmosfera de calma, higiene e bem-estar. Em tempos em que o excesso de estímulos visuais e sonoros já é uma realidade até para os pequenos, o cuidado com os aromas pode ser um diferencial de aconchego.
Produtos formulados exclusivamente para a faixa etária infantil estão disponíveis em versões com ou sem fragrância, com embalagens seguras e texturas agradáveis ao toque. Lembre-se: a simplicidade e a intenção afetuosa devem estar sempre à frente da estética.

Maira Morais, é Mãe, Makeup e influenciadora digital que se destaca no universo da beleza por sua criatividade e técnica refinada. No mercado a anos, decidiu compartilhar dicas de maquiagens, beleza, maternidade e demais inspirações para o universo das mulheres.