Você já reparou que, mesmo em um dia ameno, algumas pessoas estão cheias de casacos, enquanto outras circulam de camiseta como se fosse verão? Essa diferença na sensação térmica não é apenas uma questão de capricho ou costume. Aliás, ela revela muito sobre como o nosso corpo responde aos estímulos externos e internos.
Sentir mais frio ou mais calor pode estar ligado a fatores físicos, emocionais e até hormonais que muitas vezes passam despercebidos no cotidiano. Para entender de vez por que algumas pessoas tremem só de pensar em uma brisa gelada, mergulhamos fundo na ciência do frio — e as descobertas são tão interessantes quanto práticas para quem quer enfrentar o inverno (ou o ar-condicionado do escritório!) com mais conforto.
Mais complexo do que parece
Embora o termômetro indique a mesma temperatura para todos, a percepção de frio pode ser extremamente pessoal. Segundo o médico endocrinologista Dr. Gustavo Musolino, a explicação começa pela quantidade de gordura corporal. “A gordura atua como um isolante térmico natural. Pessoas com menor porcentagem de gordura tendem a perder calor mais rapidamente e, por isso, sentem mais frio”, explica. Além disso, a massa muscular também tem um papel crucial: músculos geram calor durante o funcionamento, o que significa que indivíduos mais musculosos conseguem manter a temperatura corporal com mais facilidade.

Outro fator de destaque é o funcionamento da circulação sanguínea. Quem sofre com má circulação, por exemplo, costuma sentir mãos e pés frios mesmo quando o ambiente não está tão gelado assim. O sistema circulatório eficiente é responsável por distribuir o calor de maneira uniforme pelo corpo. Se há algum obstáculo nesse trajeto, como no caso de doenças vasculares ou hipotensão, o desconforto térmico é imediato.
Hormônios, metabolismo e o frio que vem de dentro
A sensação de frio também é intensamente influenciada pelos hormônios. Em especial, os hormônios da tireoide desempenham um papel central no controle do metabolismo, o que afeta diretamente a temperatura do corpo. A endocrinologista Dra. Fernanda Ramos reforça: “Em casos de hipotireoidismo, por exemplo, a produção de calor interno é prejudicada, fazendo com que o indivíduo sinta muito mais frio que o normal, mesmo em temperaturas amenas”.
Isso ajuda a explicar por que mulheres, que naturalmente têm flutuações hormonais maiores — principalmente durante o ciclo menstrual e a menopausa —, muitas vezes relatam maior sensibilidade ao frio. Aliás, o próprio metabolismo basal feminino costuma ser mais baixo que o masculino, o que implica uma menor produção de calor em repouso.
O lado emocional da temperatura corporal
Pouca gente associa o frio às emoções, mas a relação existe e é bastante significativa. Estados de estresse, ansiedade e até tristeza intensa podem alterar a percepção térmica. Quando estamos ansiosos, o corpo libera adrenalina, que desvia o fluxo sanguíneo para os músculos e órgãos vitais, reduzindo a circulação nas extremidades e dando aquela sensação de mãos e pés gelados. Assim, mesmo em dias agradáveis, o desconforto pode surgir como reflexo do que se passa dentro da mente.

Além disso, alguns estudos recentes apontam que pessoas emocionalmente mais sensíveis também tendem a ser fisicamente mais sensíveis ao frio. Essa ligação intrigante reforça que, para entender nosso conforto térmico, é necessário olhar para muito além dos casacos e cobertores.
Pequenos hábitos que fazem a diferença
Entender as causas da sensação térmica é importante, mas saber como contornar o desconforto é ainda melhor. Beber água regularmente, ainda que o clima esteja frio, ajuda a manter o metabolismo ativo. Investir em roupas adequadas, com tecidos que realmente isolam o calor, como lã ou fleece, faz diferença real. Além disso, fazer exercícios físicos regularmente estimula a circulação e aumenta naturalmente a produção de calor corporal.
Outra dica valiosa é não confiar apenas na temperatura do ambiente. Mesmo em um dia relativamente quente, ambientes fechados com ar-condicionado ou grandes variações de temperatura podem exigir cuidados extras com o corpo. Assim, ter sempre um casaquinho por perto pode ser o segredo para se sentir confortável e manter o estilo ao mesmo tempo.

Social Midia e crítica de cultura pop, Renata domina o mundo das fofocas e novelas como ninguém. Com uma trajetória em grandes portais de entretenimento, ela traz uma visão divertida e crítica sobre os bastidores do universo das celebridades e das tramas de novelas. Renata é conhecida pelo seu tom bem-humorado e envolvente, que leva os leitores a se sentirem parte dos acontecimentos, discutindo os detalhes de suas novelas favoritas e compartilhando curiosidades imperdíveis das estrelas.