Você sente que precisa constantemente da aprovação dos outros? Ou que, mesmo rodeada de pessoas, ainda carrega um certo vazio no peito? Se identificou com essas sensações, é possível que esteja lidando com a carência emocional, um termo que, apesar de muito usado no dia a dia, vai muito além da simples vontade de estar com alguém.
Ela pode afetar a forma como você se relaciona, escolhe seus parceiros, lida com a solidão e até mesmo como se enxerga. Segundo psicólogos e especialistas em comportamento, entender esse sentimento é o primeiro passo para transformar sua relação com você mesma.
O que é carência emocional, afinal?
Diferente de um momento passageiro de solidão ou da vontade de dividir a vida com alguém, a carência emocional tem a ver com um sentimento constante de falta – que nem sempre é preenchido com afeto real. É uma necessidade exagerada de atenção, validação ou amor, que muitas vezes se manifesta em atitudes como apego excessivo, ciúmes desproporcionais ou dificuldade de estar sozinha.
Segundo a psicóloga clínica Larissa Oliveira, a carência pode surgir quando “há uma lacuna afetiva não resolvida, geralmente originada nas relações primárias, como a com os pais ou cuidadores na infância”. Para ela, essa necessidade se prolonga na vida adulta, criando uma busca incansável por quem preencha essa ausência.
Sinais que podem indicar carência emocional
Sentir-se abandonada com facilidade, precisar constantemente da aprovação de outras pessoas ou mudar quem você é só para agradar podem ser indicativos fortes de carência. Mas ela também pode se manifestar de formas mais sutis, como idealizar relacionamentos, tolerar situações tóxicas por medo da solidão ou até desenvolver dependência emocional.
A terapeuta e educadora emocional Carla Valença explica que “a carência está ligada à autoestima e ao senso de merecimento. Quem não acredita que é suficiente por si só tende a buscar essa completude no outro”. E isso, segundo ela, torna qualquer relação instável, já que a base está na necessidade e não na conexão genuína.
De onde vem essa sensação de vazio?
Para muitas mulheres, a origem da carência emocional está em uma história de afeto interrompido, negligenciado ou condicionado. Pode ser um pai ausente, uma mãe muito crítica ou mesmo experiências amorosas frustrantes. Ao longo do tempo, essas vivências moldam uma ideia distorcida de amor, em que estar acompanhada é mais seguro do que estar em paz consigo mesma.
Além disso, vivemos em uma sociedade que valoriza o amor romântico como meta principal. Não é raro ver pessoas se cobrando por estarem solteiras, como se isso significasse fracasso. Nesse cenário, a carência emocional ganha força, pois muitas vezes confundimos a necessidade de validação externa com amor verdadeiro.
Carência emocional tem cura?
Embora não seja uma doença, a carência emocional pode ser tratada e compreendida com acompanhamento psicológico e autoconhecimento. A base para lidar com ela está no fortalecimento da autoestima, na construção de limites saudáveis e, principalmente, na prática do amor-próprio – aquele que não depende do olhar do outro.
“É possível ressignificar a forma como você se enxerga. Quando a pessoa aprende a se validar e se cuidar emocionalmente, ela deixa de buscar no outro aquilo que precisa desenvolver em si mesma”, afirma Larissa.
Aprendendo a conviver com mais leveza
Assumir que está vivendo um momento de carência emocional não é sinal de fraqueza – é um gesto de coragem. O processo pode envolver momentos de reflexão profunda, tomada de decisões difíceis e até o distanciamento de relações que já não fazem sentido. Mas ele também abre espaço para vínculos mais verdadeiros, livres da obrigação de preencher o outro.
Praticar atividades que gerem prazer sem depender de companhia, fortalecer amizades saudáveis, investir em terapia e aprender a gostar da sua própria presença são caminhos que ajudam a sair do ciclo da carência e caminhar rumo à autonomia emocional.
Social Midia e crítica de cultura pop, Renata domina o mundo das fofocas e novelas como ninguém. Com uma trajetória em grandes portais de entretenimento, ela traz uma visão divertida e crítica sobre os bastidores do universo das celebridades e das tramas de novelas. Renata é conhecida pelo seu tom bem-humorado e envolvente, que leva os leitores a se sentirem parte dos acontecimentos, discutindo os detalhes de suas novelas favoritas e compartilhando curiosidades imperdíveis das estrelas.
