Manter um pet limpo, cheiroso e com a pelagem bem cuidada não é apenas uma questão de estética. O ritual do banho e tosa está diretamente ligado à saúde física e emocional dos animais de estimação, especialmente os cães e gatos que vivem em ambientes urbanos. Mas afinal, com que frequência devemos levá-los ao petshop? A resposta pode variar bastante, dependendo da espécie, da raça, do tipo de pelo, do estilo de vida e até da estação do ano.
Animais de pelagem longa, como o Shih Tzu, o Lhasa Apso e o Maltês, exigem banhos mais regulares — geralmente a cada sete ou dez dias — para evitar o acúmulo de sujeira e a formação de nós que podem gerar desconforto e até inflamações de pele. Já os de pelagem curta, como os Pinschers ou os gatos de pelo ralo, podem ser higienizados com menos frequência, desde que recebam escovações semanais que ajudam a retirar pelos mortos e estimulam a circulação.
Além da limpeza, o momento da tosa também precisa de atenção. Tosas higiênicas são recomendadas mensalmente para a maioria dos cães, especialmente nas regiões íntimas, patas e ao redor dos olhos. Esse tipo de cuidado previne a proliferação de fungos, bactérias e parasitas, além de facilitar a rotina dentro de casa.

A médica veterinária Dra. Fabiana Barreto, da clínica Cão Feliz, reforça que “a tosa é essencial não só por higiene, mas também para o conforto térmico do animal. Em épocas mais quentes, manter o pelo mais curto pode evitar superaquecimentos, principalmente em raças braquicefálicas, como o Pug e o Bulldog Francês”.
Contudo, é preciso ter cautela para não exagerar. A pele dos animais é sensível e o excesso de banhos pode comprometer a camada protetora natural, provocando ressecamento, coceira e até alergias. “Banhos excessivos tiram a oleosidade natural da pele, o que pode desencadear dermatites. O ideal é respeitar as características de cada raça e consultar um veterinário ou groomer de confiança”, alerta João Luiz Ferreira, especialista em estética animal e fundador do SpaPet Club.

Outro fator que influencia a frequência do banho é o estilo de vida do pet. Animais que vivem em casas com quintal, passeiam todos os dias ou têm contato com outros bichinhos tendem a se sujar mais e, portanto, demandam cuidados mais frequentes. Já os pets que vivem em apartamentos e não saem com tanta frequência podem ficar limpos por mais tempo. Mesmo assim, o ideal é manter uma rotina de escovação, higienização das orelhas, corte de unhas e limpeza dos olhos para preservar o bem-estar do animal entre os banhos.
Na dúvida, observe o comportamento do seu bichinho: coceiras, cheiros mais fortes, secreções nos olhos ou orelhas, e pelagem opaca são sinais de que talvez seja hora de uma visita ao petshop. E não se esqueça de que o momento do banho e tosa também é uma oportunidade de carinho e conexão. Para muitos animais, essa rotina, quando feita com cuidado e paciência, pode ser relaxante e até divertida.

Formada em administração e apaixonada por animais, Suzana dedica sua vida a causas que promovem o bem-estar animal. Com uma habilidade única para transformar sua paixão em palavras, ela escreve sobre pets e o mundo animal de forma envolvente e informativa. Defensora ativa dos direitos dos bichinhos, Suzana alia conhecimento e sensibilidade para inspirar leitores a cuidarem melhor de seus amigos de quatro patas. Seu estilo cativante e cheio de empatia conecta amantes de animais, trazendo dicas, histórias curiosidades que fazem a diferença na vida de tutores e pets.