Você já notou alguém que, mesmo sentado, está sempre balançando as pernas sem parar? Ou talvez esse comportamento seja seu, e você sequer perceba que faz isso constantemente. Para a psicologia, esse hábito pode ir muito além de uma simples mania: ele pode ser um reflexo direto do que acontece no interior da mente.
Movimentos repetitivos do corpo, especialmente os das pernas, são frequentemente interpretados como expressões físicas de estados emocionais. A inquietação que escapa pelo corpo pode ser uma forma sutil de o cérebro liberar tensões acumuladas — muitas vezes sem que a pessoa perceba.
De acordo com especialistas, esse comportamento pode estar ligado a sintomas de ansiedade, impulsividade ou até mesmo à tentativa inconsciente de manter a mente focada em situações estressantes ou entediantes. A psicóloga clínica Juliana Gebrim explica que mexer as pernas é uma das formas mais comuns de manifestação de ansiedade leve ou moderada: “É como se o corpo precisasse encontrar uma saída rápida para uma energia interna que não tem para onde ir. Essa inquietação é quase sempre emocional.”
Além disso, esse tipo de agitação também pode ser uma forma de autorregulação emocional. Pessoas que vivem em ambientes tensos ou que enfrentam situações constantes de pressão tendem a desenvolver pequenos rituais corporais para aliviar a tensão. Mexer as pernas, nesse contexto, pode ser um sinal de que a pessoa está tentando manter o controle — tanto de si mesma quanto da situação ao redor.
A psicóloga comportamental Carolina Queiroz acrescenta que, em certos casos, esse comportamento pode estar ligado a transtornos neuropsicológicos, como o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) ou o transtorno de ansiedade generalizada (TAG).
“É importante observar a frequência e o impacto desse gesto no cotidiano. Se a pessoa não consegue relaxar nem mesmo em momentos de descanso, vale investigar se há um quadro clínico por trás da agitação”, alerta.
Contudo, é importante lembrar que mexer as pernas não significa necessariamente que algo está errado. Para algumas pessoas, esse movimento pode estar simplesmente relacionado ao estilo de personalidade, especialmente em indivíduos naturalmente mais acelerados, criativos ou que possuem um perfil energético e multitarefa. É o caso de muitos profissionais que trabalham sob pressão ou vivem em ambientes altamente dinâmicos.
Por outro lado, em situações sociais, mexer as pernas pode comunicar, mesmo que inconscientemente, nervosismo, impaciência ou até desejo de ir embora. Em encontros importantes, reuniões ou mesmo conversas mais íntimas, esse tipo de gesto pode interferir na forma como a pessoa é percebida. Por isso, se for um comportamento frequente, vale a pena tentar identificar quando ele ocorre e o que pode estar por trás da inquietação.
A dica dos especialistas é simples: observar-se com mais carinho. Tente perceber em quais momentos você começa a se movimentar — é em momentos de espera? Ao ouvir algo desconfortável? Durante uma conversa difícil? Esses sinais podem oferecer pistas preciosas sobre como você lida com suas emoções, mesmo sem falar nada.
Se você sente que esse comportamento está te atrapalhando, o ideal é procurar o apoio de um psicólogo. Com acompanhamento adequado, é possível entender a origem da agitação e trabalhar estratégias para lidar com o desconforto interno de maneira mais saudável.
A mente fala através do corpo — e muitas vezes, as pernas inquietas estão dizendo mais do que as palavras poderiam. Aprender a escutar esses sinais é um gesto de cuidado, autoconsciência e equilíbrio.
Social Midia e crítica de cultura pop, Renata domina o mundo das fofocas e novelas como ninguém. Com uma trajetória em grandes portais de entretenimento, ela traz uma visão divertida e crítica sobre os bastidores do universo das celebridades e das tramas de novelas. Renata é conhecida pelo seu tom bem-humorado e envolvente, que leva os leitores a se sentirem parte dos acontecimentos, discutindo os detalhes de suas novelas favoritas e compartilhando curiosidades imperdíveis das estrelas.
